Eu acredito em sincronicidade.
Impressionante como neste momento em que estou prestes a ser mãe, redescubro amizades deliciosas, com grandes amigas (novas e antigas) que vivem intensamente este papel.
Nessas horas, também começo a entender coisas que, no tempo em que fiz as últimas sessões de terapia, me pareciam obscuras. A profissional trabalhou comigo vários aspectos do feminino que, na época, ainda estavam meio subjacentes em mim. Até a própria filha recém-nascida, que ela trazia com a babá nas consultas, era usada como um instrumento de estímulo ao instinto adormecido (sem muita desenvoltura de minha parte, confesso).
Mas tudo tem hora certa - e muita coisa mudou na minha vida (para melhor) até chegar o dia de hoje.
Voltando ao assunto, uma das questões centrais deste novo papel de mãe trata da reaproximação com a mãe da infância - a mãe interior do complexo referido por Jung, e que toma um papel central na psique feminina (e certamente refletirá sobre a criação dos filhos).
Tenho percebido que, instintivamente, aumenta minha aproximação com minha mãe. Sinto que ela fez o melhor que pôde, sem poder contar com a ajuda da sua própria mãe, ou mesmo de uma sogra ou irmãs. Meu sistema de apoios e referenciais maternos será bem mais forte, o que ajuda muito.
Vou reler o conto do Patinho Feio - do livro "Mulheres que correm com os Lobos" (Clarissa Pinkola Estés), parece apropriado para o momento!
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