sábado, 26 de julho de 2008

Orkut: To be or not to be (at)?




Esta semana, minha irmã decidiu sair do Orkut.


Os motivos dela não vou comentar, mas vou refletir sobre a real importância deste fenômeno terceiro-mundista das redes sociais. Sim, porque nos países desenvolvidos, o povo usa Facebook, Myspace e outros. Nada de Orkut, pois neste dominam os brazucas, com seu incompreensível idioma. Os indianos, ao menos, tentam escrever em inglês.


Aí resolvi refletir sobre a real importância de se estar no Orkut.


Há uns dois anos atrás, quando a febre estava no auge, parecia uma coisa meio alienígena não estar lá. Confesso que aderi meio tardiamente, mais pela curiosidade pelos convites recebidos de amigos do que por vontade própria.


No começo, um mundo novo de contatos perdidos ao longo dos anos parece se abrir, subitamente. Depois, são as comunidades... uma forma aparentemente despretensiosa de se auto-definir, deixando claras ao mundo suas preferências (reais ou voltadas para a exibição a terceiros).


No auge do meu entusiasmo, cheguei até a montar uma comunidade, hoje meio desprestigiada, até porque é mais interessante conversar pessoalmente com os membros, que se reúnem todas as semanas.


A mesma razão que explica o sucesso dos reality shows parece explicar também o Orkut. Ficar "fuçando" páginas e comunidades alheias virou esporte nacional. E nem mesmo o "bina" que revela os últimos visitantes diminuiu este apetite, já que é possível optar por desligá-lo ou - requinte dos orkuteiros mais perversos - assumir uma identidade falsa para vigiar o objeto de sua fixação digital, deixando nele(a) uma certa curiosidade sobre quem seria este indivíduo tão obstinado.


Não sei se é mais uma evidência que estou ficando velha, mas confesso que estou também ficando meio cansada desta história de Orkut. Sem contar a questão da segurança, que cada dia fica mais crítica. Comecei alterando o nome, depois diminuindo as informações do perfil e restringido o acesso a fotos e recados.


Hoje, resolvi fazer uma limpeza geral nas comunidades. Tinha umas 150, mandei 100 para a lixeira. Chego à conclusão que esta história de adicionar milhões de títulos "engraçadinhos" e supostas confissões de "amo isso" ou "odeio aquilo" são expressões da nossa própria vaidade, um pedantismo para que o mundo nos julgue dessa ou de outra forma. Sem contar aquelas informações íntimas, que deveríamos guardar para nós mesmos.


Enfim, acho que ainda não cheguei a um estágio de "zero futilidade" (que também é um extremo desnecessário), mas creio que deixei a página mais próxima da minha representação pessoal neste momento. E também mais funcional, pois na maioria são comunidades que realmente acesso.


O próximo passo é fazer uma limpeza na lista de amigos. Sem querer ofender ninguém, mas é bem estranho ter pessoas com quem sequer tivemos algum dia uma conversa, no mundo real, nesta lista.


domingo, 20 de julho de 2008

O Quiabo Veste Prada!


Estou rindo até agora... num final de semana que acabou meio interrompido por uma boa carga de trabalho acumulado, já havia perdido as esperanças.

Mas eis que me deparo com este site de uma agência de publicidade capixaba, a MP publicidade. Vida inteligente na internet já é um pouco difícil, a quantidade de gente esquisita ainda impera. Ainda mais na publicidade, onde ultimamente parece ser mais fácil seguir a linha "mais do mesmo' e também apelar para outros recursos, onde o produto acaba ficando meio perdido...

Coloco abaixo alguns bons exemplos do que significa falar de coisas simples (no caso, Hortaliças!) com muita verve e bom humor. Lembra muito aquelas piadinhas inocentes de elefante que contávamos na infância... tipo "Como esconder um elefante na plantação de morangos?" E a resposta (inacreditável) "Pintando suas unhas de vermelho!!!"' (hahahahah!!!!)

Parabéns aos redatores e criadores geniais da MP.



Segue o link, pra quem quiser conhecer o resto da campanha... http://www.mppublicidade.com.br/site/?target=campanha_visualiza&pid=38







segunda-feira, 14 de julho de 2008

O nível primitivo da Ursa e outras Reflexões sobre a Maternidade


Recebi este texto hoje por email da Ale, amiga querida e mãe da Rafinha. Achei lindo, difícil ver sentimentos tão profundos traduzidos de forma tão simples e direta. Então transcrevi aqui para dar chance de todo mundo ler. Beijos.

Nós estamos sentadas almoçando quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em 'começar uma família'.

'Nós estamos fazendo uma pesquisa', ela diz, meio de brincadeira. 'Você acha que eu deveria ter um bebê?'

'Vai mudar a sua vida,' eu digo, cuidadosamente, mantendo meu tom neutro.

'Eu sei,' ela diz, 'nada de dormir até tarde nos finais de semana, nada de férias espontâneas.. .'

Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha, tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que tornar-se mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável.

Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar 'E se tivesse sido o MEU filho?' Que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar. Que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer.

Olho para suas unhas com a manicure impecável, seu terno estiloso e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzí-la ao nível primitivo da da ursa que protege seu filhote. Que um grito urgente de 'Mãe!' fará com que ela derrube um suflê na sua melhor louça sem hesitar nem por um instante.

Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos ela investiu em sua carreira, ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. Ela pode conseguir uma escolinha, mas um belo dia ela entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê.. Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.

Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina. Que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino ao invés do feminino no McDonald's se tornará um enorme dilema. Que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas contra a possibilidade de que um molestador de crianças possa estar observando no banheiro.

Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, ela se questionará constantemente como mãe.

Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que ela jamais se sentirá a mesma sobre si mesma. Que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho. Que ela a daria num segundo para salvar sua cria, mas que ela também começará a desejar por mais anos de vida -- não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles.

Eu quero que ela saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias se tornarão medalhas de honra.

O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar talco num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas.

Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que através da história tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados.

Eu espero que ela possa entender porque eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que eu me torno temporariamente insana quando eu discuto a ameaça da guerra nuclear para o futuro de meus filhos.

Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta. Eu quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez. Eu quero que ela prove a alegria que é tão real que chega a doer. O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos.

'Você jamais se arrependerá', digo finalmente. Então estico minha mão sobre a mesa, aperto a mão da minha filha e faço uma prece silenciosa por ela, e por mim, e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram em seu caminho este que é o mais maravilhoso dos chamados. Este presente abençoado de Deus... que é ser Mãe.'

Autor Desconhecido

domingo, 6 de julho de 2008

Coisas de domingo


Domingo ótimo, com almoço delicioso em casa de amigos muito queridos (e prendados... comida marroquina de primeira... hummm). Estavam também uma das minhas irmãs, com o marido e a filhota, cada vez mais sapeca. Na volta, a utilidade de estar grávida e ser motorista da turma, em tempos de Lei Seca!

Chegando em casa, aproveitamos para liberar energia... de um lado eu, arrumando as coisas no quartinho do bebê, que estavam todas empilhadas em malas e sacolas. Do outro, meu marido, que no dia anterior havia se munido de vários apetrechos para finalmente organizar a bagunça de fios e tomadas que havia dominado nossa bancada do escritório. Ficou praticamente wireless, uma beleza!

Pra testar a conexão, agora devidamente organizada em uma área sob a mesa, acessamos o YouTube. Ele virou um fã da turma da Terça Insana e achou um vídeo impagável do ótimo Marcelo Mansfield, no papel do "Seu Merda" - o marido acomodado e conformado, perfeito no papel. Ainda mais acompanhado pela Esposa, interpretada pela "dona" do Terça, a Grace Giannoukas.

Demos boas risadas juntos.... Este personagem não tem nada a ver com o meu companheiro, mas o tipo de humor que ele representa, tem tudo a ver conosco.

Segue o link abaixo, pra que todos possam rir com a gente!