domingo, 30 de março de 2008

Sobre mães que ensinam novas mães



Eu acredito em sincronicidade.


Impressionante como neste momento em que estou prestes a ser mãe, redescubro amizades deliciosas, com grandes amigas (novas e antigas) que vivem intensamente este papel.


Nessas horas, também começo a entender coisas que, no tempo em que fiz as últimas sessões de terapia, me pareciam obscuras. A profissional trabalhou comigo vários aspectos do feminino que, na época, ainda estavam meio subjacentes em mim. Até a própria filha recém-nascida, que ela trazia com a babá nas consultas, era usada como um instrumento de estímulo ao instinto adormecido (sem muita desenvoltura de minha parte, confesso).


Mas tudo tem hora certa - e muita coisa mudou na minha vida (para melhor) até chegar o dia de hoje.


Voltando ao assunto, uma das questões centrais deste novo papel de mãe trata da reaproximação com a mãe da infância - a mãe interior do complexo referido por Jung, e que toma um papel central na psique feminina (e certamente refletirá sobre a criação dos filhos).


Tenho percebido que, instintivamente, aumenta minha aproximação com minha mãe. Sinto que ela fez o melhor que pôde, sem poder contar com a ajuda da sua própria mãe, ou mesmo de uma sogra ou irmãs. Meu sistema de apoios e referenciais maternos será bem mais forte, o que ajuda muito.


Vou reler o conto do Patinho Feio - do livro "Mulheres que correm com os Lobos" (Clarissa Pinkola Estés), parece apropriado para o momento!

terça-feira, 25 de março de 2008

It´s a boy!


Nossa, parece que transcorreu uma vida desde o último post....


Uma vida, literalmente. Pois que a sensação de alguém se formando dentro de mim se transformou em alguém concreto, definido - um menino.


A sensação de felicidade é incomparável. Um homem... como será criar um garoto? Em nossa família, não há este referencial.


Muitas mulheres - 3 irmãs, fora a mãe e a babá, até os animais domésticos predominaram muito tempo no sexo feminino. A primeira netinha / sobrinha, não podia ser diferente. E eis que agora aparece este rapazinho.


Espero que ele cresça feliz e seja um cara legal. Muito, mas muito legal.


Tão legal como o Calvin, o Menino Maluquinho, ou o ruivinho do Harry Potter (porque o Harry mesmo é um menino meio xarope). (lvez uma mistura dos 3, como a foto que ilustra este post.) Espero que possa ter sonhos, fantasias, amigos e inimigos - imaginários e reais, para que aprenda o valor de defender suas próprias idéias.


O mundo lá fora vai continuar esquisito e hostil. Que ele aprenda a criar seu próprio espaço de felicidade e que haja um canto quentinho para mim neste mundo.


Hoje fomos nadar juntos pela primeira vez. Prometi a ele que, quando sair da barriga para o mundo, vamos voltar à piscina e brincar muito. Estas conversas têm sido interessantes, planos para um menino que ainda não tem nome, mas já é muito amado.


domingo, 2 de março de 2008

Metamorfose ambulante



Este é um momento especial em minha vida.


Interessante que mesmo antes do teste já sabia a resposta. Coisa maravilhosa é a intuição, algo que não valorizamos e até mesmo enfraquecemos dentro do contexto racionalizante e reducionista da vida contemporânea.


Mais impressionante é o alargamento das perspectivas. Num primeiro momento assusta um pouco, pois parece que a vida em volta perde um pouco do brilho e do interesse. E não há como ser diferente. Afinal, como me disse uma amiga querida com quem almocei nesta semana, trata-se de um verdadeiro milagre. E, afinal, não é todo dia que podemos nos sentir participantes de algo tão grandioso.


Além disso, há a questão das mudanças físicas, emocionais e até intelectuais. De um momento para outro, senti que o meu QI perdeu pelo menos 30% da potência, o que não é uma sensação confortável - convenhamos! Desde a tomada de decisão diária e até mesmo escrever um texto neste Blog querido... tudo ficou um pouco mais penoso e exigindo maior poder de concentração.


Mas existem vantagens... Vou falar de uma só, que faz o contraponto perfeito ao parágrafo acima. Trata-se da sensação quase permanente de uma calma e uma serenidade infinitas, praticamente o nirvana atingido, uma relativização completa dos pequenos aborrecimentos.


"Quase" permanente, infelizmente... porque também existem oscilações que fazem as vezes de uma TPM extemporânea... Graças a Deus existem sites e livros espertíssimos para nos dar conselhos nestas horas, bem como irmãs e amigas queridas que têm a paciência dos anjos em nos ouvir e acolher.


Seguem abaixo algumas opções que estão virando minhas favoritas das últimas semanas





e, é claro... mothern.blogspot.com