sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Sobre Íncubos de Carne e Osso



"Na lenda medieval ocidental, um Íncubo (do latim incubus, de incubare) é um demônio em forma masculina, que se encontra com mulheres dormindo, a fim de ter uma relação sexual com elas. O Incubus drena a energia da mulher para se alimentar e, na maioria das vezes, deixa a vítima morta ou então viva, mas em condições muito frágeis. A versão feminina deste demônio é chamada de Súcubo."



Me impressiona como a mitologia (e a obra de Shakespeare) são infalíveis para explicar a criatura humana. Lá na idade média já haviam definido um termo para estas pessoas horríveis, que se alimentam da energia alheia para benefício próprio. São seres egoístas, mesquinhos, que do fundo de sua falta de auto-estima, definem que o mundo lhes deve algo que nem eles mesmos sabem bem o que é.


Mas sabem bem como incubar seu veneno, confundindo, manipulando, distorcendo a verdade dos fatos... Tornam as pessoas mais vivas e cheias de luz em "velas ao vento". Não há problema tão ruim que não possa ficar um pouco pior com uma dose de culpa, e um verdadeiro Íncubo de carne e osso vai fazer com que sua vítima acredite ser a única responsável por todos os males que afligem a humanidade...


Outra noite, um Íncubo atrapalhou o sono de duas das pessoas que mais amo neste mundo.


Fui me informar. A lenda diz que o Íncubo, ao ser contrariado por um exorcista ou quem quer que queira afastá-lo de sua vítima, torna-se agressivo e ameaçador, em alguns casos tentando isolar a pessoa do mundo exterior, para reforçar a sua influência maligna. Hum, confere....


Não por acaso, talvez, a palavra latina incubus também seja utilizada para designar um fardo, um peso. Pode-se rezar pela alma do Íncubo, para que ele encontre seu rumo na vida e deixe a pobre vítima em paz, mas isto por si só não parece bastar.


O melhor remédio vem da própria decisão da pessoa por ele atingida em por um fim radical e drástico na história, drenando qualquer possibilidade de alimentação do íncubo da sua energia, que afinal é a razão de sua existência.


Vade retro, então!

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