domingo, 13 de janeiro de 2008

Sobre epidemias antigas em um mundo moderno


Passei a semana lendo e ouvindo coisas sobre Febre Amarela. Acabo de somar o Mato Grosso do Sul à minha área de trabalho - e duas amigas queridas já me perguntaram se a vacina está em dia...


Bem, tomei a bendita há cerca de 6 ou 7 anos, na primeira viagem ao Peru - lembro-me que doeu pra burro e me deixou enjoada por uns 2 dias!... Leio na Folha de hoje que deu fila em vários aeroportos do sudeste e que turistas argentinos em pânico também acorreram aos postos da Anvisa.


Uia! Meda! Creda!... Não bastassem as pragas modernas, tipo Aids e todas as formas de depressão, agora estamos voltando a ser um cortiço infectado por zoonoses?


Converso com meu pai, ele que já trabalhou em órgãos públicos ligados à saúde. E ele confirma minhas suspeitas: além do sucateamento da infra-estrutura, nosso Grande Molusco está saqueando também a saúde. Todo o esforço construído em anos para matar mosquitos e tornar nosso país mais evoluído neste quesito está regredindo (provavelmente virado em bolsas-família ou pior, mensalões, valeriodutos ou dinheiro para as rinhas de galo do Duda Mendonça).


Enfim, resta esperar aonde iremos parar depois dessa... Já estão falando em gente morrendo de "doença do Pombo" (ou Cryptococose) no norte do Paraná e ninguém está mexendo um dedo para tomar atitudes. A filha de uma das vítimas, que é médica e, portanto, deve saber do que está falando, alerta para o perigo de uma epidemia e também revela o descaso das autoridades (inclusive do burraldo Ibama, que mais uma vez coloca o carro frente aos bois).


Talvez eles tenham razão: melhor poupar as pombinhas "da paz", que como ratos infestam a maioria das cidades, do que evitar a morte de milhares de seres humanos...


E não há de ser nada, afinal: o ministro da saúde vai tranquilizar todo mundo em seu pronunciamento hoje à noite. Ah, bom.


Para quem quiser saber mais, seguem alguns links:


Sobre a Doença do Pombo:



Sobre a Febre Amarela:



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