Ultimamente, ao encontrarmos alguém conhecido, temos começado a conversa comentando a última notícia trágica, geralmente envolvendo crianças ou adolescentes.
Foram semanas consecutivas com diversas notícias, desde o malfadado caso Eloá até os recentes acontecimentos - coincidentemente todos no eixo PR-SC, envolvendo assassinatos e abusos sexuais de menores de idade.
Foram semanas consecutivas com diversas notícias, desde o malfadado caso Eloá até os recentes acontecimentos - coincidentemente todos no eixo PR-SC, envolvendo assassinatos e abusos sexuais de menores de idade.
Parece impensável tentar entender o que se passa na cabeça destes maníacos. Por outro lado, é inevitável o estado de choque que se encontra a sociedade. Foi-se o tempo em que brincávamos despreocupadamente, por horas a fio, nas ruas do bairro. Ou ainda, passeávamos pelo centro e tomávamos o ônibus, praticamente com a mesma idade da menina que foi encontrada dentro de uma mala. Não faz tanto tempo assim, apenas pouco mais de um par de décadas!
Penso, porém, que mesmo em choque, ainda não parece ser suficiente a dose para nos retirar desta letargia, que faz com que nada realmente significativo seja feito para mudar a situação. Recentemente tivemos aqui em Curitiba eleições bastante aborrecidas, sem que houvesse um real debate sobre os problemas da sociedade. Não acredito que nenhum dos candidatos tivesse reais preocupações com o que estamos vivendo. Tivéssemos por aqui um Giuliani (descontando os oportunismos do 11 de setembro), talvez pudéssemos sonhar com uma revolução semelhante à de Nova York, com a política da "Tolerância Zero".
Estamos todos cansados. Meu pai sempre diz que a única saída é a união da sociedade, pois de outra forma vamos ficar à mercê do crime - este sim, cada vez mais organizado. O problema é que ficamos cada vez mais ilhados, fechados no apartamento, no condomínio, no carro blindado. Mal e mal nos cumprimentamos no elevador - que dirá conversar para resolver problemas, que podem ser coletivos afinal.
Tenho medo. Saudades do tempo em que lia Dalton Trevisan e me divertia com as peripécias do Vampiro de Curitiba, cujas perversões poderíamos chamar de inocentes, perto do que temos visto em nossa cidade nos últimos tempos.
Penso, porém, que mesmo em choque, ainda não parece ser suficiente a dose para nos retirar desta letargia, que faz com que nada realmente significativo seja feito para mudar a situação. Recentemente tivemos aqui em Curitiba eleições bastante aborrecidas, sem que houvesse um real debate sobre os problemas da sociedade. Não acredito que nenhum dos candidatos tivesse reais preocupações com o que estamos vivendo. Tivéssemos por aqui um Giuliani (descontando os oportunismos do 11 de setembro), talvez pudéssemos sonhar com uma revolução semelhante à de Nova York, com a política da "Tolerância Zero".
Estamos todos cansados. Meu pai sempre diz que a única saída é a união da sociedade, pois de outra forma vamos ficar à mercê do crime - este sim, cada vez mais organizado. O problema é que ficamos cada vez mais ilhados, fechados no apartamento, no condomínio, no carro blindado. Mal e mal nos cumprimentamos no elevador - que dirá conversar para resolver problemas, que podem ser coletivos afinal.
Tenho medo. Saudades do tempo em que lia Dalton Trevisan e me divertia com as peripécias do Vampiro de Curitiba, cujas perversões poderíamos chamar de inocentes, perto do que temos visto em nossa cidade nos últimos tempos.
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